A Rede Bico Agroecológico concentra sua atuação em 12 municípios: São Miguel, Sítio Novo do Tocantins, Axixá do Tocantins, Augustinópolis, Araguatins, Buriti do Tocantins, Esperantina, Praia Norte, Sampaio, Carrasco Bonito, Itaguatins e São Sebastião do Tocantins. Sua formação remonta às décadas de 1970 e 1980, estando associada à luta pela terra na região do Bico do Papagaio. O primeiro agente de mobilização desta luta foi o Espaço de Coordenação Sindical, assessorado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que impulsionou a criação dos primeiros sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais da região. Na sequência, foram criadas associações de trabalhadores (as) com atuação em nível local e regional e, em 1992, a APA-TO, que assumiu um papel de destaque como entidade de assessoria na região. Mais recentemente, a partir de 2007, verifica-se a criação da associação da Escola Família Agrícola e de diferentes cooperativas. A criação e consolidação destas organizações é resultado de um processo coletivo de reflexão e ação protagonizado pelos agricultores(as) familiares, assentados(as) da reforma agrária e comunidades extrativistas. Estes diferentes atores, em sua diversidade, compartilham um projeto comum norteado pela defesa da agroecologia enquanto forma de produção, pelo manejo sustentável da agrobiodiversidade e de valorização dos conhecimentos e da cultura no empoderamento destes grupos sociais. As ações em rede protagonizadas por estas organizações envolvem 28 grupos de produção, 35 comunidades e cerca de 700 famílias.
Informações sobre o Projeto Ecoforte nesta rede
O projeto Ecoforte foi desenvolvido em um recorte territorial da Rede Bico Agroecológico, abarcando 07 municípios dos 12 que compõe a Rede. A entidade proponente foi a Organização Não Governamental Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins, APA-TO, com sede no município de Augustinopólis/TO. O valor total do Projeto foi de R$ 1.059.952,55. O público envolvido, desde a elaboração do Projeto e beneficiado pelas ações são povos e comunidades tradicionais, comunidades quilombolas; assentados(as) da Reforma Agrária; extrativistas, quebradeira de coco babaçu; e agricultores(as) familiares. Foram aproximadamente 64 famílias envolvidas no desenvolvimento do Projeto, ao longo da execução das atividades novas pessoas foram se agregando. A produção agroecológica foi um dos temas mobilizadores do Projeto.
Principais resultados do Projeto Ecoforte
- Estruturação de instalações para criação de galinhas associadas a espaços de formação abordando formas alternativas de alimentação, manejo e controle de doenças no plantel.
- Gestão da produção de galinhas;
- Organização dos grupos produtivos.
- Dinamização dos espaços de intercâmbios entre os/as agricultores/as para observação de práticas e atividades (hortas agroecológicas, sistemas econômicos de água, criação de galinhas, apicultura).
- Instalação de cisterna de placa para o armazenamento de água.
- Conscientização dos/as agricultores/as da importância do cultivo de hortaliças, para consumo e venda de excendentes.
- Adequação das atividades de apicultura por meio da aquisição de equipamentos e de espaços de formação.
- Controle e diminuição das queimadas.
- Produção de cera alveolada.
- Adensamento da produção de mel.
- Envolvimento dos/as jovens da região com a apicultura.
- A articulação do Projeto Ecoforte com outras ações da Rede (ex: sistemas Agroflorestais).
- Mutirões e intercâmbios como difusores da prática agroecológica.
- Diversificação da produção por meio da integração entre hortas, Sistemas agroflorestais e tecnologias sociais de aproveitamento da água de chuva.
- Compartilhamento entre os/as envolvidos/as que as tecnologias precisam ser pensadas e produzidas endogenamente aos agroecossistemas.
Qual unidade de referência existe na rede?
- Hortas, pomares e cultivos ecológicos
- Produção de mel
Quantas hortas, pomares e cultivos ecológicos?39
Quantas unidades de referência em produção de mel?15