A Rede Ecovida de Agroecologia foi oficialmente criada em 1998, sendo originária do trabalho desenvolvido, há mais de 30 anos, por organizações de agricultores e agricultoras familiares da Região Sul do Brasil, em articulação com diferentes ONGs de assessoria. Estas entidades possuem uma longa trajetória de atuação no campo da agroecologia, incluindo atividades como: a produção, processamento e comercialização de produtos ecológicos; a promoção do associativismo, cooperativismo e dos mais variados processos de organização social; o suporte à iniciativas de formação e capacitação; a construção e implantação de políticas públicas; a defesa de direitos; entre outras. Estas diferentes organizações passaram a se articular, a partir dos anos 2000, em uma rede de agroecologia, responsável também por coordenar processos participativos de certificação de produtos orgânicos. O formato organizativo adotado pela Rede Ecovida assume um caráter horizontal e descentralizado e tem como base a organização das famílias produtoras em grupos informais, associações e cooperativas. Em nível regional, estas organizações se articulam com associações e/ou cooperativas de consumidores, ONGs e outras instituições, formando diferentes Núcleos Regionais. Atualmente, a rede é composta por 27 Núcleos, com atuação em cerca de 352 municípios situados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e alguns municípios do estado de São Paulo. O trabalho congrega cerca de 4.500 famílias de agricultores e 20 ONGs. Em toda a área de atuação da Ecovida são promovidas mais de 120 feiras livres ecológicas, entre outras formas de comercialização.
Informações sobre o Projeto Ecoforte nesta rede
O Projeto Ecoforte foi desenvolvido no mesmo território da Rede Ecovida de Agroecologia no estado, que abrange cerca de 2.000 famílias de agricultores(as) agroecologistas. A entidade proponente foi o Centro de Tecnologias Alternativas Populares – CETAP, com sede no município de Passo Fundo/RS. O valor total do projeto foi de R$ 1.356.577,08. As principais temáticas abarcadas envolvem a valorização dos produtos da sociobiodiversidade; a comercialização em circuitos curtos e mercados institucionais; a certificação participativa de produtos orgânicos; e a formação e assessoria técnica em agroecologia.
Principais resultados do Projeto Ecoforte
- Criação e fortalecimento da valorização e uso da sociobiodiversidade.
- Intensa troca de conhecimentos e construção de estratégias conjuntas entre as organizações que participaram do projeto.
- Sinergias entre o Projeto Ecoforte e Chamada de ATER em Agroecologia.
- Ampliação das relações com novos atores de iniciativas de turismo rural e ecoturismo.
- Fortalecimento e ampliação da logística de recolhimento, processamento e comercialização de produtos das frutas nativas.
- Consolidação de parceria no trabalho com frutas nativas com a Rede Slow Food e Terra Madre.
- Fortalecimento de parcerias com universidades, Institutos Federais e EMBRAPA.
- Avanços nos procedimentos de beneficiamento, acondicionamento, conservação e transporte adequado para os diferentes alimentos da sociobiodiversidade local.
- Expressiva participação das mulheres agricultoras nas oficinas de capacitação sobre processamento de alimentos.
- Motivação e ingresso de novos grupos na Rede Ecovida de Agroecologia.
- Visibilidade dos atores envolvidos em diversos espaços sociais.
Qual unidade de referência existe na rede?Unidades de beneficiamento da produção
Quantas Unidades de beneficiamento da produção?18