Fossas Agroecológicas: tratamento de efluentes e segurança alimentar
Com o crescimento da oferta de água proporcionada, sobretudo, pelas cisternas de Segunda Água, agravou-se um problema sanitário pela inadequada destinação dos efluentes gerados. A fossa agroecológica, uma tecnologia social, foi difundida com a implantação das cisternas. É um sistema fechado que evita vazamentos e contaminação do ambiente, formado por camadas de filtragem que permitem a devolução à atmosfera através da evapotranspiração de plantas que, além desse benefício, produzem alimentos para as famílias. Usa materiais como metralha, pedras e pneus descartados, que, comumente provocam problemas de poluição ambiental. Além disso, a mão de obra para a construção é predominantemente familiar. Sendo de fácil construção e manutenção, sua adoção tem sido facilitada por esses fatores. Em torno de 300 fossas agroecológicas estão em funcionamento, nos municípios citados e a experiência se expande, atrelada ao continuado programa de cisternas no semiárido. Desta forma, consolidou-se como uma política pública, resolvendo questões ambientais com baixos custos, produzindo alimentos e contribuindo para a segurança alimentar das famílias participantes.