COMITÊ DE SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO


O Comitê surgiu no mês de abril, logo após os decretos sobre a Pandemia de Covid-19, com o objetivo de ajudar pessoas e comunidades em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar, em especial os alunos do IFRS Campus Viamão (73% pobres) e povos originários (4 aldeias indígenas guaranis e 43 comunidades quilombolas), além de outros com demanda organizada. Compunham o EcoViamão, o NAAf (Núcleo de Ações Afirmativas), ambos coordenados pelo IFRS Campus de Viamão, entre outros setores que acabaram se agregando (como o Comitê de Acompanhamento da Crise), EMATER, AAFISE (Associação dos Moradores do Assentamento Filhos de Sepé), COPERAV (cooperativa de produção orgânica do referido assentamento, o maior do RS), além de outros apoios voluntários e das próprias lideranças destas comunidades priorizadas, bem como suas escolas indígenas. Foi aberta conta bancária para doações, sendo aceitas doações de alimentos, materiais de higiene (aqui se destaca o projeto Sabão Legal, do IFRS) e materiais de construção (houve um temporal que danificou várias casas, sendo destaque a ação em redes sociais do Sítio Agroecológico Verde Viver).  O foco principal, pra comunidade externa do IFRS Viamão, era a arrecadação de recursos financeiros para comprar, a preço de custo, alimentos da agricultura familiar, orgânicos sempre que possível, especialmente os produzidos no Assentamento, promovendo saúde, economia e desenvolvimento local. Pros estudantes carentes, que já recebiam o auxílio estudantil, também se fez duas edições de distribuição de kits alimentares, sendo 100% oriundo da agricultura familiar, e uma parte de orgânicos e até PANCs. Cada aluno recebeu cerca de 15 quilos de alimentos variados da lista contendo: arroz tipo 1 orgânico, feijão preto, macarrão espaguete, farinha de milho, leite, couve, laranja, abóbora, aipim e pão de forma; além das cestas, foram distribuídos produtos doados pela Associação de Moradores do Assentamento Filhos de Sepé (Aafise), como: mamão, aipim, laranja, bergamota, abóbora, maracujá e doces caseiros. Todos ganharam uma unidade de sabão do projeto Sabão Legal do Campus Viamão (IFRS). Também se produziu, mediante Edital do IFRS para combate aos efeitos da Covid19, uma Cartilha de Boa Alimentação em Tempos de Covid19, elaborada por alunas do Curso de Extensão em Agroecologia do EcoViamão, visando melhorar a qualidade nutricional e a sustentabilidade da alimentação em geral de alunos do IFRS, destas comunidades e da população em geral, especialmente porque a maioria das doações de cestas básicas incluía, como se sabe, alimentos , digamos, um tanto que monótonos (feijão, arroz, massa, açúcar e óleo) e até ultraprocessados, sendo necessário complementar com frutas, verduras, PANCs e partes descartadas (folhas, talos, etc.), além de hortigranjeiros de acesso mais popular, em receitas simples de serem feitas. Outra ação foi a formação de coletivos de compra cooperada nas comunidades visando acessar, quando usassem recursos próprios ou do Bolsa Família e Renda Emergencial, alimentos saudáveis diretos da COPERAV e outras cooperativas da AF, por preço de produtor, formando o embrião de possíveis cooperativas de consumo indígenas e quilombolas.  Por fim, mediante outros editais internos do IFRS, se implantou ações de fortalecimento da segurança alimentar a médio e longo prazos, como a aquisição e distribuição de mudas frutíferas nativas e comerciais, aquisição de adubo orgânico, sementes crioulas de milho, corretivos da acidez do solo, horas máquinas, etc. 

Anexos

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