A contribuição da Escola Família Agrícola do Sertão para a formação de técnicos em agropecuárias com ênfase em agroecologia e convivência com o semiárido
A Pedagogia da Alternância realizada pelas Escolas Famílias Agrícolas – EFAs vêm se constituindo como uma das experiências mais exitosas em educação em agroecologia no país. Com isso, esse trabalho visa iniciar uma reflexão em torno da convivência com o Semiárido, realizado pela Escola Família Agrícola do Sertão – EFASE, em Monte Santo – BA, refletindo a atuação dos educandos nas comunidades camponesas, a partir da atuação dos estudantes no desenvolvimento de praticas agroecológicas. É importante afirmar que a EFASE está inserida em um território predominantemente rural, onde a maior parte da população vive no campo ou mesmo tem raízes no mesmo. Com uma predominância de formas autônomas de subsistência na terra, os sertanejos de comunidades tradicionais de fundo de pasto, quilombos, comunidades indígenas, assentamentos e demais agricultores familiares em geral se desenvolvem historicamente na caatinga e dela retiram seus meios de vida. Um contexto sócio-econômico de intenso conflito fundiário e abandono de políticas públicas estruturais, que é gerador de amplas demandas de organização política e formação técnica do povo do campo. Demandas estas que estão colocadas em grande parte para a escola do campo, no sentido de aparelhar os agricultores a empreenderem a luta pela defesa de seus territórios e pelo desenvolvimento dos mesmos.