USO DA CITRONELA COMO HERBICIDA

O USO DA CITRONELA COMO HERBICIDA Jefferson de Oliveira Folganes Regina Julieta de Navarro Rosilda Helena Feltrin Curso em Formação Terapêutica Homeopática Lages-SC 03/11/2009 RESUMO O que se pretende aqui é demonstrar a ação da planta citronela como um herbicida natural, não levando em conta a sua seletividade. Foram testadas várias dinamizações em áreas distintas, contendo gramíneas e outras hortaliças já bem desenvolvidas. Palavras-chave: Utilização; Herbicida; Agricultura. INTRODUÇÃO Das milhares de espécies vegetais que existem, muitas produzem substâncias que atuam como atraentes ou repelentes de outros organismos. São substâncias que têm atividades biológicas e que foram desenvolvidas pelas plantas ao longo de sua existência, tendo sido útil para garantir a sua sobrevivência. Essas substâncias são conhecidas também como metabólitos secundários das plantas, e por terem atividade, após estudos específicos, vêm sendo utilizadas como medicinais, inseticidas, repelentes, antimicrobianas, etc. Nas plantas, algumas dessas substâncias atraem insetos e pássaros, que atuam como polinizadores ou disseminadores das sementes. Outras substâncias podem repelir ou intoxicar insetos e/ou outros herbívoros, protegendo as plantas contra seus agressores. São essas substâncias que cada vez mais vêm sendo alvo de estudos para o desenvolvimento de praguicidas ecologicamente menos problemáticos. A citronela é bastante conhecida pelos seus efeitos repelentes, principalmente contra mosquitos e borrachudos. Ela forma uma touceira densa, suas folhas são longas, com bordas cortantes e de coloração verde clara, idêntica ao capim- limão (Cymbopogon citratus). Difere deste apenas pelo aroma, que é suave, com perfume de limão, ao contrário da citronela que é bastante forte, talvez até um pouco enjoativo. Ela contém grandes quantidades de óleo essencial Citronelal, responsável por suas utilizações repelentes. Estamos aqui citando o município de Antonio Carlos – SC, por sermos moradores do mesmo e onde realizamos o nosso experimento motivados pela realidade triste que se encontra este como tantos outros, em relação ao uso desenfreado de herbicidas. A nossa grande preocupação se dá em relação deste ser o maior abastecedor do CEASA da grande Florianópolis, o que já seria motivo suficiente para tal preocupação, no entanto, se teme pela saúde desta população que é de 98% agrícola, com mão de obra familiar,comprometendo assim toda uma sociedade, no que se trata de economia, saúde e meio ambiente. Esperamos conseguir subsídios para sustentar a toda prova a necessidade de uma mudança de comportamento, respeito, integridade, bem como a valorização na qualidade de vida digna e prospera, seguida de uma evolução intelectual e moral. Algumas tecnologias vêm sendo utilizadas de forma inescrupulosa, sem consciência do dano que estão causando ao meio ambiente, como é o caso dos herbicidas sintéticos, que têm se mostrado pouco efetivos a médio prazo, levando o produtor a repetir as aplicações sempre que necessário, causando assim sérios problemas tanto ao ambiente quanto á saúde humana, além do aumento nos custos com a manutenção da cultura. São poucos os estudos sobre os efeitos alelopaticos de plantas aromáticas em relação a ação herbicida. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da citronela dinamizada homeopaticamente sobre outras plantas de uma maneira geral. Nesse contexto aqui uma alternativa importante a ser testada, podendo reduzir os impactos econômicos e ambientais ao uso dos herbicidas sintéticos. MATERIAIS UTILIZADOS • Planta citronela • Vidraria • Seringa • Conta gotas • Álcool 70% • Aguá filtrada • Pulverizador • Maquina fotográfica digital • METODOLOGIA Após ter sido efetuada a colheita de folhas de citronela, iniciou-se a preparação da tintura mãe, na proporção de 40% de planta verde em 1 litro de álcool a 70 %,e em seguida deixando em descanso 7dias. Em seguida demos inicio as dinamizações das referidas potencias para alcançar as desejadas para o experimento, estas escolhidas ao acaso na D3, D6, D9 e CH6, CH12, CH18. A primeira aplicação se deu nos corredores de um pomar de tangerina, onde foram utilizadas as potencias CH 6,CH12,CH18, em dose única diluídas em água. A intenção aqui era demonstrar a eficácia ou não do controle de invasoras, auxiliando no processo de capina e ou roçada, necessária na manutenção de um pomar. A segunda aplicação se deu sobre um cultivo de cenouras, já em desenvolvimento nas mesmas potências, sendo aplicadas sobre as mesmas e entre linhas, buscando a eliminação das invasoras, facilitando a assim a capinação que é bem trabalhosa, pois aqui não queremos usar herbicidas alopáticos( agrotóxicos ). A terceira aplicação foi sobre um gramado ao redor de uma casa na área rural,salientado assim uma grande variedade de gramíneas misturadas com inços e outras tantas invasoras, disseminadas naturalmente e pelos próprios pássaros e o vento. Nesta foi utilizada as potências D3, D6, D9, diluídas também em água e aplicadas em dose única. Com o objetivo de testar, diante da seletividade, a resistência e ou eliminação não de algumas das que ali se encontravam. Após acompanhamento, com intervalos de três dias, durante 10 dias, não houve nenhuma mudança significativa em qualquer um dos experimentos. Não houve morte e nem retardo no desenvolvimento aparente de nenhuma das plantas, continuaremos a observar durante mais trinta dias para analisar alguma modificação. Podemos citar a nível de curiosidade é que em todos os experimentos observamos uma ausência considerável de insetos. Com certeza devemos estender o nosso experimento para outras espécies, e obvio tantas outras dinamizações, pois já existem estudos demonstrando sua eficácia como herbicida utilizando o óleo da citronela, porem existe aí o fator toxicidade que queremos banir de nosso experimento, estamos em busca de um cultivo e controle o menos agressivo possível. Cito aqui o parágrafo §120 do Organon, onde Hahnemann diz,”... os medicamentos, dos quais dependem a vida e a morte, a saúde e a doença, devem ser distinguidos uns dos outros de maneira precisa e por isto devem ser tratados em seu poder e em seus verdadeiros efeitos por meio de experimentos puros e cuidadosos...”. Este Espírito evoluído que aqui esteve, nos deixou um legado sem tamanho para que continuássemos e disseminássemos o seu trabalho, tanto na área humana, animal e vegetal, ou seja, onde houver “VIDA”. BIBLIOGRAFIA TEIXEIRA, M.Z., Homeopatia na Agricultura: pros e contras atuais. Informativo APH 2000;12(81): 18-19. REZENDE, J. M. Cartilha de Homeopatia. Viçosa, MG, 2006, 2ª Ed, Funarbe. Kent, J. L., Filosofia homeopática, Ed. Nova Época, Curitiba , PR. VITOULKAS, G., Homeopatia ciência e cura. Circulo do Livro, São Paulo, 1981. HAHNEMAN, S., Organon da arte de curar. Robe editora, 2001. São Paulo. GLOSSÁRIO DE HOMEOPATIA Disponível em: