Sistema de tratamento de dejetos de suínos

A produção de suínos no Estado do Rio Grande do Sul é feita, principalmente, de forma confinada. Geralmente o piso das pocilgas é compacto ou parcialmente ripado e os dejetos são manejados na forma líquida. A experiência do manejo de dejetos de suínos na propriedade do agricultor Osmar Bernardi, no município de Camargo, iniciou-se em 1996. Com o apoio da EMATER/RS-ASCAR, Prefeitura, EMBRAPA Suínos e Aves e Universidade de Passo Fundo, foi implantado um sistema de Tratamento dos Dejetos de Suínos com a finalidade de reduzir a contaminação das águas pelo esterco dos animais. O processo utilizado foi o da decantação para separação das fases sólida e líquida dos dejetos suínos. Os dejetos sólidos servem para a fertilização do solo para culturas anuais como milho, soja, trigo e aveia. Os dejetos líquidos são tratados através de um sistema de lagoas, incluindo anaeróbias, facultativas e de aguapés. Após a passagem por esta série de lagoas, os líquidos, quase sem resíduos sólidos e com características biológicas aceitáveis pelos órgãos de controle ambiental, retornam aos mananciais. A melhoria das condições ambientais, a produção de adubo orgânico com maior concentração de nutrientes, a limpeza e a preservação da qualidade da água utilizada na suinocultura, a redução da proliferação de insetos nos rios e, principalmente, o despertar da consciência das pessoas para a importância da criação de suínos como alternativa econômica sem agressão ambiental foram os resultados obtidos com a implantação do projeto.