Uma experiência bem sucedida do fundo de crédito solidário

A família de Pedro e Vera mora na comunidade de Taquaraçu, em Paula Cândido, Minas Gerais. A família planta milho, feijão, cana, arroz e criam abelhas e vacas para o consumo próprio. Vera conta que sempre gostou mesmo é de criar galinhas. Por meio de um atravessador, ficou sabendo que os animais da raça New Hampshire possuíam um bom comércio. E logo ela se interessou em iniciar uma criação. Para tanto, acessou o Fundo de Crédito Solidário da Associação Regional dos Trabalhadores Rurais da Zona da Mata. O crédito foi no valor de R$ 1.000,00 e Vera dividiu o pagamento em quatro parcelas a serem pagas de quatro em quatro meses. Assim ficaria mais fácil de pagar com a venda das galinhas. Com o recurso inicial, a família construiu um galinheiro e comprou 100 pintinhos. Os animais são tratados com ração feita com milho de casca e um concentrado, que é comprado. Além da ração, a família dá: abóbora, resto de comida e mato nativo. Mas Vera ainda está estudando uma ração alternativa para baratear mais os custos. Só recompõe o plantel depois que todas as galinhas são vendidas. Os pintinhos são comprados com um dia de idade e sempre usa luz para mantê-los aquecidos. Nos primeiros 30 dias, eles ficam em um cômodo fechado com a luz acesa sem interrupção. Tem o cuidado de colocar folhas de terramicina no local e geralmente não usa vacinas. Após esse período, Vera transfere os animais para uma nova parte até completarem 60 dias e depois abre todo o galinheiro para andarem à vontade até completarem 120 dias. Na hora de vender as galinhas, Vera conta que precisam estar bonitas. Por isso é necessário espaço, para que não biquem umas as outras. E ainda lembra aqueles que querem começar a criar, que antes avaliem o mercado para não terem prejuízos.